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NIVALDO MOSSATO
👋 Olá Nivaldo, tudo bem? Estava lendo seu blog e gostaria de conversar com você.

O LENCINHO - Uma lição de vida

Maria Clara no Show do GEN VERDE* - Maringá-PR, maio de 2002 Era julho de 2.002. A copa do mundo já havia começado. A novela global lançou mais uma 'febre' no mundo da moda: lencinhos amarrados na cabeça. Maria Clara, minha filha caçula, na época com seis anos, lutava contra um linfoma que colocava sua vida sob um fio de navalha. Devido a várias sessões de quimioterapia seus cabelos caíram, deixando-a carequinha. Naquele fim de semana ela foi convidada para uma festinha de aniversário de uma das suas coleguinhas. Priscila, uma de suas irmãs, preocupada com o impacto que as amiguinhas teriam com a presença de Maria, trouxe-lhe vários lencinhos de cabeça de presente. Curiosa, a Maria logo perguntou: - Tata, o que é isso? - São lencinhos pra colocar na cabeça. É a última moda, sabia?! Todo mundo está usando, e você vai ficar linda com eles! A Priscila colocou um lencinho na cabeça da Maria Clara, amarrou e fez muitos elogios: -Ficou lindo! Você vai arrasar! Vai fazer o maior suces...
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NASCEMOS DO OUTRO PARA NOS TORNARMOS OUTRO PARA O OUTRO

Há uma realidade da qual não conseguimos fugir: nascemos do outro, do encontro de outros e, só nos tornamos outro para o outro, na presença significativa do Outro. Nada somos ou seremos, se na presença do outro não o sentirmos, significarmos e o incorporarmos. O óvulo e o esperma que deram origem ao nosso organismo não eram nossos, nos foram doados pelo encontro de outros. Herdamos, filo e ontogenéticamente características de tantos outros que antes de nós existiram. Nascemos em meio a tantos outros que nos doaram e nos doam a cultura, a religião, os conhecimentos, a lei e a moral, a comunidade e o mundo. Outros que nos deram e a nós se referem pelo nome e sobrenome, substantivos próprios que nos distinguem e identificam perante toda a humanidade. Se nascemos do outro e pelo outro, tanto em nosso estado físico quanto em nossa subjetividade, em função de que necessitamos tanto buscar uma individualidade que, na maioria das vezes, nos separa desse outro? Se nos constituímos pessoas hu...

AS TRÊS DIMENSÕES DO OUTRO - o que há entre nós que ainda não sabemos?

AS TRÊS DIMENSÕES DO OUTRO O que há entre nós que ainda não sabemos? Passamos boa parte da nossa existência tentando definir quem somos, apegados à ideia de que somos quem somos independentes do outro e do mundo que nos cerca. Essa ideia egoísta, para não dizer egoísta, está pautada no conceito individualista – de exclusão do outro - e não de individuação – de tomar posse da própria existência . Na busca desenfreada pelo amor próprio, por conhecer a si mesmo, estamos nos esquecendo que o amor próprio não nasce da relação consigo mesmo, nasce da íntima relação com o Outro significativo que nos confirma como ser-existente diante dele.  O individualismo nos leva ao processo de olhar somente em uma direção – para dentro de nós mesmos – retendo, em nós, a falsa consciência de que nos tornamos quem somos gratos, e unicamente, ao esforço pessoal. Este pensamento unilateral não nos coloca frente a frente com a realidade existencial. Pelo contrário, leva-nos a caminhar ' de-enc...

COMPANHEIROS DE VIAGEM

COMPANHEIROS DE VIAGEM Companheiros de Viagem Há um ditado africano que gosto muito, porque reflete uma realidade humana extremamente verdadeira. Retrata o seguinte: "Se você quiser ir rápido, vá sozinho. Porém, se quiser ir longe, vá em grupo (acompanhado)" Os caminhos que trilhamos sozinhos nos trazem experiência, desenvolvem nossas habilidades e podem até nos colocar em destaque entre os demais, colocando-nos no topo do pódio da sociedade. No entanto, a velocidade com que caminhamos, e principalmente os atalhos que tomamos, nos impedem de saborear o caminho, de construí-lo melhor dentro de nós; o que favorece o surgimento dos vazios que carregamos, e, vazios sempre são 'ausências' de outros significativos que deixamos pelo caminho. Quem caminha sozinho construiu ego; quem caminha acompanhado constrói humanidades! Os caminhos que trilhamos em comunhão nos fazem fortes, nos humaniza e nos fazem pessoa. Os caminhos que percorremos juntos fazem da história do outr...

PSICOLOGIA GESTÁLTICA DA UNIDADE - A Autoridade e o Sentido de Pertença gerado no ato do fazer-se um

A Autoridade e o Sentido de Pertença gerado no ato do ‘fazer-se um’   Somos para o outro somente à medida que este nos autoriza ser perante ele. Quando falamos em autoridade, a primeira imagem que nos vem à mente é a de uma pessoa exercendo comando sobre outra pessoa, ou pior, impondo-se a ela. No entanto, a verdadeira autoridade, aquela que leva ao crescimento e amadurecimento sadio dos afetos e à emancipação do caráter não tem nada a ver com mandar e ser mandado. Tem a ver com respeito, admiração e sentido de pertença, de pertencimento, o que nos conduz a pensar a autoridade como uma conquista e não uma imposição. A verdadeira autoridade, aquela que gera mutualidade e sentido de pertença, tem suas raízes no ‘ fazer-se um’ com o outro, na capacidade de reconhecimento das diferenças e das necessidades do outro, o que abre as portas para que possamos exercer o ato de confirmação existencial deste ser como pessoa humana. Ao ser reconhecido em suas habilidades e potencialidades, em s...